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Eu, O Misantropo...Eu sou o anjo do desesperoo anjo sujo, o adverso tenho asas de dragão e o flagelo é a minha dádiva. Em meus olhos perdura o ódio em minha boca a blasfemia meus chifres sustentão o fogo eterno na minha mão esquerda trago o septro infernal. Eu sou a impuridade... Eu sou o mal. Neste lugar inóspito neste sombrio lugar efémero e espúrio esquemático o pensar. Por recusar os desígnios de Deus e suas leis odiar vou construindo um mundo só meu Eu, o filho do mal... ... O filho do mal... Mago e feiticeiro injucundo, vivo na solidão minha magia é negra quando eu morrer, que arda o meu caixão! Se a demência é a minha companheira ando com ela pela mão enigmático este meu universo diabólica a minha criação... ... A minha criação... Sou o rei do imperante Inverno faço do grito a minha triste e penosa palavra acabarei no mais horrendo inferno onde Satanás espera em chamas pela minha pobre alma. Sou cavaleiro do apocalipse Sou guerreiro da noite negra, negra de eclipse a minha vida só a mim pertence Eu, misantropo para todo o sempre seja qual a vida que eu viver! Credit se cantare posse et inimicos laudat sive consilio deorum hoc poetae nomen... ... Vere sapiens dixit id quod utile videbatur neque erat... Eu, o misantropo no inferno tenho o meu lugar A vida é um sopro E sozinho quero estar. Este meu lado de pura impertinência Não se limita a saciar A tão vulgar fome de sentimento insexual, vou amar... ... Insexual vou amar... Desadorno e rispidez oculta sabedoria perdi eu a timidez? Perdi eu a alegria? E então de quando em vez chega aqui a luz do dia Mas não sou como o comum dos mortais Era a noite que eu queria... ... Era a noite que eu queria... Alfredo Keil : A Portuguesa (Hino Nacional Português) Música: Alfredo Keil Letra: Henrique Lopes de Mendonça Heróis do mar, nobre povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória! Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar! |